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  • Writer's pictureErik Sadao

frans hals: o inovador dos retratos na exposição do ano no Rijksmuseum




Nos anais da história da arte, um nome se destaca como um pioneiro, responsável por revolucionar a forma como retratamos a essência humana: Frans Hals. Durante a Era de Ouro dos Países Baixos, Hals emergiu como um mestre inovador que deixou um legado duradouro não apenas através de suas pinceladas, mas através de sua abordagem ousada e autêntica para a retratação.


Ao me aprofundar nos artistas que surgiram nos Países Baixos do século XVII, me tornei obcecado pelo trabalho de Frans Hals, especialmente interessado em como o pintor redefiniu a arte da retratação, incorporando características além dos padrões realistas da época e influenciando a trajetória da pintura. Assim como Rembrandt e Vermeer, os dois maiores nomes do período conhecido como Barroco holandês, a autenticidade de Frans Hals foi frequentemente mal compreendida por séculos.


DESVENDANDO a História de Frans Hals

A saga de Frans Hals começa em 1582 no coração de Antuérpia, nascido como filho de um humilde tecelão. O destino levou sua família para Haarlem em 1585, um refúgio buscado durante os momentos tumultuosos da invasão espanhola. Lá, sob a orientação do renomado pintor Karel van Mander, Frans Hals refinou sua arte. Em 1610, ele foi admitido na prestigiada guilda de pintores de Haarlem, emergindo como uma força artística independente, acompanhado por seus aprendizes, incluindo a notável Judith Leyster.


Reverenciado e às vezes ignorado por seu "estilo despojado", Frans Hals caiu no gosto dos mercadores e burgueses de Amsterdam, naquele momento, criando o maior mercado de arte do mundo, com seus retratos cativantes e habilidosas pinturas de coletivo. Seu legado perdurou até sua morte em 1666, em Haarlem.




O Poder da Expressão

O que diferenciava Frans Hals não eram apenas suas técnicas habilidosas, mas sua capacidade única de capturar a vida em suas obras. Seus retratos pulsavam com energia e emoção, revelando não apenas características físicas, mas também as personalidades e emoções dos indivíduos. Essa abordagem dinâmica e vibrante trouxe uma dimensão totalmente nova à retratação, transformando-as de representações estáticas em janelas para a alma.


A Autenticidade Mal Compreendida

Por mais de dois séculos, a autenticidade de Hals foi mal interpretada por críticos de arte e observadores. Sua liberdade artística e expressividade vibrante muitas vezes eram vistas como desvios da norma em um período dominado pela precisão e idealização que durou até o final do século XIX. No entanto, essa mesma autenticidade foi precursora de uma mudança radical na percepção e execução da arte.





O Legado Pré-Impressionista

Hoje, Frans Hals é reconhecido como quase um pré-Impressionista, um pioneiro que plantou as sementes para um movimento que desafiaria ainda mais os limites da arte. Sua coragem em abraçar a autenticidade, capturando a vida em suas pinceladas, lançou as bases sobre as quais os artistas impressionistas mais tarde construíram suas revoluções. A energia e espontaneidade presentes nas obras de Hals ecoaram nas obras de Monet, Renoir e outros mestres impressionistas.


Frans Hals - À Frente de Seu Tempo: Uma Homenagem do Rijksmuseum em 2024

Após grandes exposições dedicadas a Rembrandt e Vermeer, o Rijksmuseum preparou uma exposição com mais de cinquenta obras-primas do notável portfólio de Frans Hals. Além de tesouros da coleção do museu, incluindo o famoso "O Bebedor Alegre" e o impressionante "Retrato de um Casal", uma série de empréstimos significativos de instituições como a National Gallery em Londres e a Gemälde Galerie em Berlim chegarão a Amsterdã no início de 2024.





Considerando a empolgação gerada pela exposição de Vermeer, responsável por atrair multidões ao Rijksmuseum, espera-se outra migração de entusiastas da arte do século XVII em direção à capital holandesa para admirar obras como "O Cavalheiro Rindo" da respeitada Wallace Collection de Londres — uma obra de arte raramente vista fora do Reino Unido; bem como "Catarina Hooft com sua Enfermeira" e "Malle Babbe", empréstimos da Gemäldegalerie de Berlim.


Da Thyssen-Bornemisza de Madrid, o "Grupo Familiar em uma Paisagem", atribuído ao pintor, testemunha o comércio de escravos impulsionado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Por outro lado, o enigmático "Vendedor de Frutas e Vegetais", parte de uma discreta coleção particular em Bridgenorth, mostra maestria no estilo de "natureza morta", raramente encontrada nas obras conhecidas de Frans Hals.


Um dos maiores quadros de retrato em grupo já produzidos, "O Banquete dos Oficiais da Guarda Cívica de St. George", criado entre 1616 e 1627, registra a única ocasião em que Frans Hals deixou Haarlem, atraído pelo aquecido mercado de Amsterdam.


Para Caçadores-Coletores de Experiências Artísticas

A Sapiens Travel elaborou um programa especial que inclui ingressos sem filas para a exposição de Frans Hals, juntamente com uma introdução por um especialista, bem como visitas a outras coleções celebradas no país e, claro, reservas de restaurantes e outros serviços.



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